A mente da criança merece atenção, cuidado e compreensão.
Cuidar da:
infância que sente
família que apoia
emoção que precisa ser entendida
vida que está se formando
Acompanhamento especializado em TDAH, Autismo e saúde mental infantil. Atendimento acolhedor para crianças, adolescentes e famílias. Quanto antes o cuidado começa, maiores as chances de equilíbrio emocional e desenvolvimento saudável.
Quando buscar acompanhamento?
Dificuldade de concentração ou aprendizagem.
Irritabilidade, explosões de raiva ou isolamento.
Ansiedade, medos e alterações de sono.
Suspeita de TDAH ou Autismo.
Mudanças bruscas de comportamento ou humor.
Identificar cedo faz toda a diferença no desenvolvimento emocional e social da criança.
Dra. Fernanda Mappa
Sou capixaba, médica formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Venho de uma família grande, cheia de afeto, com muitas tias e primos que são como irmãos.
Com meus pais, minha irmã, meus dois filhos e meu sobrinho, aprendi o verdadeiro sentido da palavra família, minha base, meu sustento.
(Ah, e também sou mãe de pet 🐶💛)
Minha paixão sempre foi o desenvolvimento infantil, com todas as suas camadas, sutilezas e desafios.
A psiquiatria da infância e adolescência é onde encontrei propósito, escuta, ciência e conexão.
Cuidar de crianças é escutar com o coração.
Espaço de Escuta Terapêutica
Um cantinho seguro onde cada palavra é ouvida com atenção e carinho. Pensado para crianças, adolescentes e famílias que precisam de escuta verdadeira.
Sala Lúdica
Brincar também é se expressar. Esse espaço foi criado para que a criança se comunique do seu jeito, com jogos, desenhos, gestos e imaginação.
Apoio à Parentalidade
Porque cuidar de uma criança começa pelo cuidado com quem cuida. Aqui, pais e responsáveis encontram acolhimento e orientação para lidar com os desafios do dia a dia.
Cuidado Especializado para
Crianças, Adolescentes e Famílias
Primeira Infância
Acompanhamento do desenvolvimento, comportamento e vínculo nos primeiros anos de vida.
Desenvolvimento Infantil
Diagnóstico e suporte para TDAH, autismo, dificuldades escolares e aprendizado.
Emoções e Comportamento
Apoio para lidar com ansiedade, medos, crises de raiva e instabilidades emocionais.
Aconselhamento Familiar
Orientação e escuta para famílias em situação de conflito, sobrecarga ou dúvidas na rotina.
Orientação Escolar
Apoio técnico e humano para escolas e professores no acolhimento de alunos com necessidades especiais.
Laudos e Avaliações
Avaliação clínica completa e emissão de laudos para uso escolar, terapêutico ou jurídico.
Depoimentos
Jéssica Oliveira dos Reis
Google Avaliação
28 de junho, 2025Excelente profissional em um ambiente acolhedor.
Luara Blaudt
Google Avaliação
28 de junho, 2025Excelente profissional 👏🏻
KR S
Google Avaliação
28 de junho, 2025Médica maravilhosa!! Muito assertiva e competente!!
Perguntas mais frequentes
O que faz uma psiquiatra infantil?
A psiquiatra infantil é uma médica especializada em compreender o comportamento, as emoções e o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Ela identifica e trata transtornos como TDAH, ansiedade, autismo, depressão e dificuldades emocionais que afetam o bem-estar, a escola e a convivência familiar.
Toda criança que consulta precisa usar medicação?
Não. A medicação é indicada apenas quando realmente necessária, após uma avaliação completa. Muitos casos são tratados com orientação aos pais, ajustes na rotina, apoio psicológico e acompanhamento terapêutico.
Qual a diferença entre psiquiatra e psicólogo?
A psiquiatra é médica e pode prescrever medicações, além de realizar diagnósticos clínicos baseados em critérios médicos.
O psicólogo atua com escuta e terapia, ajudando a compreender emoções e comportamentos. Em muitos casos, ambos trabalham juntos para um cuidado mais completo.
Como funciona a primeira consulta?
Na primeira consulta, a criança e os responsáveis são ouvidos com calma. São avaliados o comportamento, as emoções, o histórico familiar e escolar. É um momento para compreender o que está acontecendo e definir o melhor plano de cuidado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico em saúde mental infantil não é feito apenas pela psiquiatra. Ele é resultado de uma avaliação interdisciplinar, que pode envolver diferentes profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e pedagogos.
A psiquiatra integra essas informações com a escuta clínica, observação do comportamento e histórico familiar e escolar, para compreender o quadro da criança de forma ampla e individualizada.
O objetivo não é apenas dar um nome ao problema, mas entender como a criança sente, aprende e se relaciona, definindo juntos o melhor plano de cuidado.
O diagnóstico em saúde mental infantil não é feito apenas pela psiquiatra. Ele é resultado de uma avaliação interdisciplinar, que pode envolver diferentes profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e pedagogos.
A psiquiatra integra essas informações com a escuta clínica, observação do comportamento e histórico familiar e escolar, para compreender o quadro da criança de forma ampla e individualizada.
O objetivo não é apenas dar um nome ao problema, mas entender como a criança sente, aprende e se relaciona, definindo juntos o melhor plano de cuidado.
Qual a importância de um diagnóstico precoce em saúde mental infantil?
O que faz uma psiquiatra infantil?
A psiquiatra infantil é uma médica especializada em compreender o comportamento, as emoções e o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Ela identifica e trata transtornos como TDAH, ansiedade, autismo, depressão e dificuldades emocionais que afetam o bem-estar, a escola e a convivência familiar.
Toda criança que consulta precisa usar medicação?
Não. A medicação é indicada apenas quando realmente necessária, após uma avaliação completa. Muitos casos são tratados com orientação aos pais, ajustes na rotina, apoio psicológico e acompanhamento terapêutico.
Qual a diferença entre psiquiatra e psicólogo?
A psiquiatra é médica e pode prescrever medicações, além de realizar diagnósticos clínicos baseados em critérios médicos.
O psicólogo atua com escuta e terapia, ajudando a compreender emoções e comportamentos. Em muitos casos, ambos trabalham juntos para um cuidado mais completo.
Como funciona a primeira consulta?
Na primeira consulta, a criança e os responsáveis são ouvidos com calma. São avaliados o comportamento, as emoções, o histórico familiar e escolar. É um momento para compreender o que está acontecendo e definir o melhor plano de cuidado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico precoce é fundamental porque permite intervenções mais eficazes e personalizadas. Quanto antes a criança recebe apoio adequado, maiores são as chances de desenvolver habilidades emocionais, sociais e cognitivas.
Transtornos como TDAH, Autismo e ansiedade, quando identificados cedo, podem ter seus impactos reduzidos e o bem-estar familiar ampliado.
Como saber se meu filho tem TDAH?
O diagnóstico precoce é fundamental porque permite intervenções mais eficazes e personalizadas. Quanto antes a criança recebe apoio adequado, maiores são as chances de desenvolver habilidades emocionais, sociais e cognitivas.
Transtornos como TDAH, Autismo e ansiedade, quando identificados cedo, podem ter seus impactos reduzidos e o bem-estar familiar ampliado.
Como saber se meu filho tem Autismo?
Os sinais podem aparecer cedo, geralmente antes dos 3 anos. A criança pode apresentar dificuldades na comunicação, pouco contato visual, interesses restritos ou comportamentos repetitivos.
A confirmação depende de uma avaliação interdisciplinar, envolvendo psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo e outros profissionais conforme o caso.
O diagnóstico não define a criança, mas orienta o melhor caminho de desenvolvimento.
Locais de Atendimento
Clínica interdisciplinar para infância e adolescência
- Endereço: Rua das Palmeiras, 685 – Salas 1407 e 1408, Santa Lúcia
- Dias de Atendimento: Segunda a Sexta
- Horário: 8h às 18h
- WhatsApp: (27) 98854‑8757
Psiquiatra da Infância e Adolescência
- Endereço: Rua das Palmeiras, 685 – Sala 1403, Santa Lúcia
- Dias de Atendimento: Segunda a Sexta
- Horário: 8h às 19h
- WhatsApp: (27) 99985‑2219
Últimas Notícias
Você ensina o seu filho a ter empatia?
Você ensina o seu filho a ter empatia?
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar dos outros, conseguir ver as coisas sob outra perspectiva e sensibilidade em relação ao próximo. E como nós, pais, mães e cuidadores, podemos cultivar empatia nas crianças para que eles se tornem pessoas generosas e vivam em um mundo melhor?
1) Aja com empatia em relação aos seus filhos. Como?
Ensine a criança a saber ouvir. Use a seguinte frase para ensinar seu filho sobre a importância de ser um bom ouvinte:
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- “Você tem dois ouvidos e uma boca, porque deve ouvir o dobro do que fala.”
Faça ele esperar pela sua vez de brincar. Esperar pela sua vez de brincar ajuda as crianças a superarem seus próprios sentimentos e sua impaciência, demonstrando respeito pelo tempo e pelos sentimentos das outras pessoas.
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- Escolha uma brincadeira em grupo e faça com que cada criança espere sua vez, enquanto os outros estiverem brincando. A brincadeira pode ser qualquer coisa, desde uma amarelinha até um concurso de karaokê.
2) Demonstre empatia ao seu filho. Se você só falar sobre empatia, ao invés de praticá-la, ele terá dificuldade para aprendê-la. Então, é recomendável que você tente ensinar pelo exemplo e mostre ao seu filho o que significa ser empático, na prática.
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- Demonstre empatia com seu filho, expressando preocupação e simpatia quando ele se machucar ou estiver se sentindo triste. Você pode dizer algo como: “Por favor, se anime. Eu fico triste ao ver você triste”.
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- Se ele vir este comportamento em você, eles serão mais propensos a apresentar empatia em suas relações com os outros, primeiro pela força do hábito e, em seguida, em um ato de emoção genuína.
3) Leve a opinião da criança em consideração. Mostre ao seu filho que você sempre o ouve e que aprecia a opinião dele. Assim, ele não apenas aprenderá a valorizar a si mesmo, como também aprenderá a apreciar as opiniões das outras pessoas.
o Na hora de escolher atividades para as crianças por exemplo, é um sinal de empatia se você não pensa no que você gostaria que eles fizessem, mas se você considera o tipo de pessoa que eles são e as coisas que eles gostam de fazer.
4) Pergunte ao seu filho sobre o que os outros pensam ou sentem. Se ele testemunhar algo ruim acontecendo com outra pessoa, pergunte como ele acha que essa pessoa se sente. Por exemplo, se seu filho vir outra criança derrubando seu sorvete, pergunte: “Como você se sentiria se isso acontecesse com você?”.
o Quando você estiver com raiva, ou vir alguém que esteja com raiva, fale para seu filho e explique como você sabe identificar este sentimento — através do tom de voz, de expressões faciais, etc. Faça a mesma coisa para a felicidade, tristeza, surpresa, ciúmes e quaisquer outras emoções em que você puder pensar.
o Aproveite todas as oportunidades para chamar a atenção do seu filho para diferentes emoções. Por exemplo, se você vir alguém sentado sozinho e parecendo triste, diga ao filho: “Esse homem parece triste, sentado sozinho no banco do parque. Ele deve ser uma pessoa solitária”.
5) Elogie seu filho quando ele demonstrar empatia. Dê atenção especial ao comportamento dele. Se ele demonstrar empatia fazendo uma boa ação para alguém, diga algo como:
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- “Que bacana da sua parte, compartilhar seus brinquedos com seu amiguinho. Isso deixou ele feliz. Eu vi que ele estava rindo.”
- Recompensar seu filho pelo comportamento empático poderá ajudá-lo a desenvolver um senso natural de empatia, com o tempo.
6) Faça da generosidade uma prioridade:
- Em vez de dizer, por exemplo: “A coisa mais importante é que você seja feliz”, prefira
“A coisa mais importante é que você seja uma boa pessoa e seja feliz”.
- É importante que eles escutem que se importar com o bem estar dos outros é tão importante quanto sua própria felicidade.
7) Incentive seu filho a fazer algo bom para alguém. Pode ser algo super simples, como ajudar o pai dele a cuidar do jardim, ou visitar os avós.
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- No entanto, se ele realmente quiser fazer uma boa ação, ele pode, por exemplo, participar de uma atividade de caridade ou visitar um asilo, para conversar com os velhinhos.
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- Estes tipos de atividade ajudarão seu filho a desenvolver um senso de responsabilidade para com os outros e a ganhar um sentido de satisfação em ajudar aqueles que precisam.
8) Crie oportunidades para que seus filhos pratiquem empatia
- Encoraje-os a se colocarem no lugar dos outros em momentos de conflitos (como você acha que o seu amigo se sentiu quando você disse isso para ele?)
- Mostre exemplos de muita ou pouca empatia (você viu que legal que a Ana perguntou para menina nova da escola se ela queria brincar?)
9) Ajude seu filho a desenvolver um sentimento de preocupação. Grande parte do sentimento de empatia está em demonstrar preocupação com as outras pessoas, então você deve tentar desenvolver este instinto em seu filho.
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- Por exemplo, se ele mencionar que alguém em sua classe está faltando às aulas, faça perguntas sobre isto. Pergunte a ele: “Por que essa criança está faltando? Ela está doente?”.
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- Você pode pedir ao seu filho para fazer um cartão de “melhoras” para seu coleguinha doente e ajudá-lo a entregar o cartão ou a colocá-lo no correio. Atividades como esta ensinarão seu filho a demonstrar carinho e interesse pelas outras pessoas.
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- Compreender as consequências de suas ações e perceber como o comportamento dele pode ter um impacto negativo sobre alguém ajudará seu filho a se colocar no lugar das outras pessoas e a tornar-se mais empático.
10) Incentive seu filho a fazer afirmações na primeira pessoa. Explique a ele que, quando algo o incomodar, ele deverá expressar claramente como se sente, ao invés de colocar a culpa em alguém.
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- Por exemplo, ao invés de dizer, “você quebrou meu brinquedo!”, incentive-o a dizer “eu estou triste e desapontado, porque você quebrou meu brinquedo”.
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- Isto ajuda a criança a identificar seus próprios sentimentos e permite que ela se comunique melhor com os outros. NOMEANDO SEUS SENTIMENTOS É MAIS FÁCIL PERCEBER SENTIMENTO DO OUTRO
11) Ensine as expressões faciais e os sinais não-verbais ao seu filho: BRINCADEIRA ENTRE OS PAIS E FILHOS
o Faça diferentes expressões faciais e peça para que ele nomeie a emoção que você está tentando transmitir.
o Você pode desenhar as expressões em um pedaço de papel – A capacidade de identificar uma determinada emoção ajudará seu filho a responder de forma adequada e a mostrar empatia.
12) Brinque de “sentimento da semana”.
o Selecione um sentimento e coloque-o na geladeira. Em seguida, toda semana, peça para seu filho apontar este determinado sentimento quando o identificar em si mesmo ou nos outros.
13) Use livros ilustrados. Livros com figuras, que tratem do tema de ajudar ou de cuidar dos outros, podem ser úteis para explicar ao seu filho o que é a empatia.
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- Mostre as personagens do livro de figuras para seu filho e peça para ele adivinhar como elas se sentem e explicar o porquê.
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- Quais sinais indicam que alguém esteja feliz, com raiva ou com ciúmes?
Este texto é um resumo das dicas oferecidas pelo projeto Making Caring Common da Universiade de Harvard, disponível em https://pt.wikihow.com/Ensinar-uma-Crian%C3%A7a-a-Ter-Empatia, acesso em 17 de out 2018.
DEPRESSÃO NA INFÂNCIA: Como Detectar?
DEPRESSÃO NA INFÂNCIA: Como Detectar?
Atualmente cerca de 350 milhões de pessoas, 5% da população mundial, sofrem de depressão e estima-se que em 2.020 seja a segunda maior causa de incapacitações no planeta. No Brasil a depressão atinge 10% da população.
Muitas doenças clínicas podem ser precipitadas ou mesmo agravadas e perpetuadas de acordo com nosso estado mental e que se não houver tratamento concomitante dessa condição, a eficácia do tratamento clínico será comprometida. Quando uma pessoa adoece, percebemos que a família em sua totalidade também fica adoecida. As relações familiares ficam enfraquecidas podendo culminar com quebras de laços afetivos e familiares.
Para a promoção de saúde mental na infância, precisamos entender que o ponta pé inicial para formação de nosso cérebro se dá intraútero, durante a gestação. É fundamental e imprescindível, difundirmos em nossa sociedade o conceito e a importância dos 1000 dias de vida, que contempla a soma dos 270 dias de gestação (9 meses) e os 2 primeiros anos (730 dias). Nessa fase que temos as primeiras vivências, sentimentos e sensações positivas e negativas que servirão de alicerce para que possamos estabelecer boas relações interpessoais entre pares e familiares. É a fase de maior plasticidade neuronal, o que quer dizer que estímulos em quantidade e boa qualidade, farão com que conexões cerebrais e mediadores químicos “trabalhem” a favor de uma adequada formação cerebral enquanto vivências negativas, como agressões psicológicas, negligência e/ou abandono afetivo tão comuns na atualidade, possam se traduzir em dano cerebral. O ambiente em que a criança está inserida, é capaz de “ativar e desativar” o funcionamento de genes. Uma família desestabilizada, um lar “adoecido”, uma escola pouco acolhedora podem colaborar para adoecimento de nossas crianças.
A CRIANÇA E SUA FAMÍLIA NO SÉCULO XXI
O grande desafio da sociedade na atualidade e que deve perdurar por gerações se chama: TEMPO. Os dias continuam tendo 24 horas. Todos precisamos encontrar uma forma de aliar compromissos pessoais e profissionais dentro de um dia com “apenas” 24 horas. Tempo é artigo de luxo. Nosso conceito de o que fazemos num dia, e principalmente o que acreditamos ser “perder tempo” vem sofrendo alterações desde que fomos “invadidos” pela internet no final dos anos 90. Quem se lembra da internet discada, deve pensar como era capaz de esperar tanto tempo. Hoje clicamos e queremos respostas, se mandamos uma mensagem, queremos resposta, é desesperador visualizar que o destinatário recebeu a mensagem e não nos respondeu. Além da paciência de adultos impacientes, nos deparamos com adultos cada vez menos mais egocêntricos. Empatia é uma qualidade cada vez mais escassa.
É nesse cenário caótico, que estão inseridas nossas crianças. A criança no século XXI não precisa apenas aprender, ela precisa conseguir aliar várias habilidades que se interligam e que demandam mais atividades e mais estresse. Tudo gira em torno de performance. Não basta fazer dança, tem que brilhar nas apresentações de final de ano, não basta fazer futebol, tem que driblar e ser “o bom”. Estamos produzindo uma geração de “máquinas de alta performance”, imediatistas, com pouco ou nenhum repertório para tolerar frustração. Nossos adolescentes, cada vez mais “virtuais”, iludem e se iludem com “realidades delirantes” em que sorrisos largos, biquinhos para selfies e “makes” irretocáveis constroem uma felicidade fake que contrasta com seu vazio existencial. Vivemos numa sociedade não meramente de consumo, mas também consumista. “Daqui a pouco”, “agora não”, “mês que vem” são frases curtas mas com um potencial deletério comparável a uma bomba atômica.
Se de um lado temos pais cada vez mais conscientes que seus filhos precisam ser estimulados desde a primeira infância e esforçados em prover financeiramente tantas atividades, temos esses mesmos pais cada vez ansiosos, sem disponibilidade para o afeto, ou disponibilidade de tempo para participarem ativamente dessas atividades e tão pouco “proverem” habilidades básicas. Como ensinar a ter paciência?
Quem nunca se irritou ou “ficou ansioso” para ver o que aconteceria após o intervalo comercial? Pois então, hoje a realidade é outra. Crianças (e nós também) não precisamos nem ao menos aguardar nosso programa favorito ou o intervalo dos comerciais: podemos assisti-lo a qualquer hora, e qualquer lugar. As refeições não são mais momentos de conversa em família, todos prezam pela tranquilidade e isso é facilmente alcançado disponibilizando TVs, tablets e celulares para as crianças na hora das refeições.
A conta desse modo de vida online chegou e os estudos demonstram que a prevenção é o melhor a fazer. Vamos desacelerar e “ensinar as crianças a terem paciência”, ensinar que “menos pode ser mais” mas antes isso vai exigir um envolvimento maciço da família.
Procurar um psicólogo que oriente nas rotinas do dia a dia, que aponte pontos fortes e fracos da dinâmica familiar pode ser de extrema valia. Investir em brincadeiras que não envolvam tecnologia, de preferência envolvendo toda a família, como jogos de tabuleiro, montar quebra cabeças, brinquedos de encaixe, estimular a construção de brinquedos a partir dos já existentes utilizando de papel, caixas de papelão e tintas, colas pode ser muito divertido e o resultado da obra de arte, essa sim pode ser filmada e reproduzida com uso de tecnologias, que nesse caso recebe status de coadjuvante e não protagonista.
O uso de tecnologia não deve ser encarado como algo destrutivo, que veio para atrapalhar, mas sim, um caminho sem volta e precisamos nos adaptar a essa tecnologia, ajudando e inserindo regras para seu uso consciente, dessa forma podemos ter um feedback positivo no desenvolvimento infantil.
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DICAS PARA CONTRIBUIRMOS PARA A SAÚDE MENTAL DAS CRIANÇAS |
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#dicadaespecialista |
Tempo de tela: ? Antes de presentear seu filho com um tablet ou um celular, estabeleça regras claras e que sejam fáceis de entendimento e de serem cumpridas por ambas as partes: pais e filhos. De nada adiantam ameaças, ou estabelecer punições que não serão cumpridas. ? O excesso de tempo de tela prejudica o sono, altera o humor, reduz a capacidade cognitiva e contribui para o sedentarismo. Entram aqui celular, televisão, tablet e computador.
Rotina: ? Nosso cérebro funciona melhor com rotinas. ? Crianças precisam de rotina para aprender a colocar ordem no mundo. ? Instaure hora certa para acordar, comer, tomar banho e dormir.
Sono: ? Dormir é essencial. Durante o sono, o cérebro concretiza as memórias do dia. ? Dormir bem é importante para consolidação do aprendizado ? Durante o sono, liberamos substâncias importantes para o nosso crescimento Leitura:
Brincadeiras: ? Estimule que seu filho brinque, e muito. ? Procure brincar com ele. Utilize brinquedos e brincadeiras que use de criatividade. ? Procure usar a tecnologia como coadjuvante, fazendo filmes, vídeos, fotos das brincadeiras para curtir depois. |
DEPRESSÃO NA INFÂNCIA
A depressão afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo. Na infância não há diferença de prevalência entre os gêneros.
As manifestações de depressão infantil podem não cursar com sintomas de melancolia e tristeza profunda, como acontece no adulto. A criança não sabe dar esse tipo de informação, nomear essas sensações. Uma forma comum de “falar” é usando o próprio corpo, ou seja, somatizando. Somatização nada mais é do que uma forma de expressão física de sensações e sentimentos: dor abdominal, dor de cabeça, febres sem fator detectável. Podemos observar um quadro de irritabilidade, sensação de “nervos à flor da pele”. A criança pode ficar “mais aérea”, desatenta, podendo ter queda no rendimento escolar usual. Recusa escolar devido dificuldade de se separar de figuras de segurança/familiares. Alterações de sono são comuns, com presença de mais medos e idas mais frequentes para o quarto dos pais, em crianças que já dormem sozinhas. Pode haver redução do apetite com perda de peso. Maior isolamento social e labilidade emocional com choro fácil.
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#dicadaespecialista |
· A primeira coisa é enxergar a criança. · Perceber de forma precoce as alterações sutis de comportamento e procurar ajuda especializada. · Acolher a criança e suas queixas físicas se existirem, legitimar esse sofrimento evitando frases do tipo: · “é frescura”, · “na minha época, resolvia com chinelo”, · “Para com isso, para que tanto chororo?” |
O tratamento vai depender da intensidade dos sintomas e do impacto que esses sintomas podem ter na vida social escolar e familiar da criança. Sintomas leves, somente um acompanhamento com psicólogo habilitado a tratar crianças pode ser eficaz e seguro. Caso julgue necessário, o próprio profissional da psicologia pode fazer o encaminhamento para o psiquiatra infantil a fim de trabalharem em equipe juntamente com a escola e a família. Muitas vezes, a própria escola sinaliza as alterações de comportamento para a família. Casos moderados a graves, é imperativo a introdução da medicação e o encaminhamento para associação com psicoterapia.
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Sinais de alerta |
· Problemas para dormir: · aumento de medos incomuns para a idade; · voltar para cama dos pais ou necessitar de companhia; · Agressividade · Irritabilidade · Apatia: observar como assisti TV, por exemplo. É comum as crianças assistirem TV interagindo com ela, participando dos desenhos… perceba se há pouco entusiasmo. · Falta de prazer em brincar · Excesso ou falta de fome · Recusa em interagir · Atraso na comunicação (verbal ou mesmo por olhar) · Pesadelos recorrentes · Problemas repetidos de escape de xixi ou cocô após já ter aprendido |
Autismo e o distúrbio do sono
Autismo e o distúrbio do sono
Os distúrbios de sono são comuns na infância em geral. Estudos indicam que 25% das crianças em diferentes faixas etárias têm características que podem ser compatíveis com distúrbios de sono1. Em crianças com TEA, esses números variam de 40-80%. 5
Os dados de prevalência têm uma margem de variação grande, entre 40-80% de fato5. E os estudos apontam que crianças com TEA com uma baixa funcionalidade, tem uma propensão maior que crianças com TEA de alto funcionamento a ter alterações de sono, por alterações no ciclo circadiano.6
Na prática clínica, observamos que os índices são elevadíssimos, a regra são crianças com autismo com algum tipo de comprometimento do sono.
Com relação às causas, muitos estudos corroboram a existência de associações entre TEA à desregulação circadiana, problemas de comportamento, aumento dos níveis inflamatórios de citocinas, distúrbios do sono, bem como respostas neuroendócrinas circadianas reduzidas. De fato, os principais efeitos podem estar relacionados a um baixo ritmo de melatonina (pico atrasado nos níveis de melatonina) 2,3,4. Observa-se um padrão imaturo de sono, com arquitetura não compatível com a idade cronológica 2
Além disso, algumas situações clínicas têm sido estudadas como possíveis causas de problemas de sono em crianças com TEA: ferritina reduzida e aumento dos movimentos periódicos dos membros no sono (síndrome das pernas inquietas)6. Convulsões e distúrbios gastrointestinais (como diarréia) podem causar despertares frequentes, privação de sono e interrupção no ciclo do sono, já os transtornos de ansiedade e TDAH, exemplos de comorbidades psiquiátricas, tendem a aumentar a latência para início do sono, ou seja, as crianças demoram para começar a dormir 6.
A relevância do tema se justifica já que noites mal dormidas ou sonos de baixa qualidade durante o dia podem resultar em perdas neurocomportamentais, prejuízo no desempenho, problemas no rendimento escolar, decorrrentes de sonolência excessiva ao longo do dia, o que favorece ou mesmo pioram a desatenção, alteração de humor com aumento da irritabilidade o que pode aumentar ainda mais o prejuízo social e, em alguns casos, até uma ruptura familiar. Não é incomum, pais relatarem conflitos por discordâncias exatamente na hora de colocar o bebê para dormir e com a persistência ao longo dos anos, e manutenção dos conflitos, culminar de fato com rupturas familiares.
E COMO TRATAR ESSES DISTÚRBIOS DE SONO?
O tratamento deve ser individualizado e nível funcional de autismo (alto vs baixo funcionamento) deve ser levado em consideração antes de determinar abordagens de tratamento 6. A saber, crianças com TEA com baixo funcionamento tendem a ter mais alterações de sono e se adequam menos a medidas como associação a higiene do sono e medidas comportamentais.
Em primeiro lugar, devemos buscar uma causa identificável para essa insônia. Em alguns casos, o tratamento será apenas o tratamento direto ou remoção da causa da insônia, como por exemplo, quando a criança está tendo crises epiléticas ou mesmo afecção gastrointestinal como diarréia.2
Em outras situações mais brandas, bastam orientações a família sobre a necessidade de HIGIENE DO SONO, que nada mais são que estabelecimento de uma rotina para o sono, que vai incluir três aspectos fundamentais: ambiente, horário e atividades prévias ao sono. 2
O ambiente do sono deve ser escuro ou com pouca luminosidade, silencioso e com temperatura adequada.
Os horários de dormir e acordar devem ser regulares. Os horários de sesta durante o dia devem ser adequados para a idade e sempre regulares, evitando “soninhos” muito prolongados, quando a criança sabidamente tem dificuldade para iniciar o sono.
As atividades prévias ao sono devem ser consistentes e repetidas para criar a sensação de que aquele momento é do sono, por exemplo: dar um banho, jantar, escovar os dentes, colocar pijama, ligar uma música calma ou contar uma história tranquila e envolvente. Algumas crianças, gostam de levar um brinquedo ou um bichinho para a cama, isso não é um problema.
Manter uma rotina diária ajuda a criança de um ciclo circadiano de acordo com os hábitos da família.
Mas de nada adianta, a família querer colocar a criança para dormir horas antes do que está acostumada, por exemplo para poder dar conta de alguma atividade extra ou a família querer que a criança durma em um horário em que a casa ainda está muito iluminada ou pouco silenciosa, com vários membros familiares conversando, isso costuma não gerar um ambiente favorável ao sono.
Para casos de crianças com TEA baixo funcionamento, além da higiene de sono, somam-se obrigatoriamente medidas comportamentais, sendo que os princípios básicos das intervenções comportamentais não diferem muito para crianças e adolescentes com autismo, No entanto, a análise aplicada do comportamento (ABA) e a educação baseada nos pais também mostraram melhora nos distúrbios do sono em TEA.2
Após ter sido tentado ou terem sido impossiveis as técnincas de higiene de sono e TCC, o que geralmente ocorrem com crianças de baixo funcionamento. A associação medicação+ higiene + TCC tendem a ser mais eficazes e duradouras.2,6
Como pode ser visto, medicação jamais é primeira escolha ou uma escolha isolada. A parceria com a família é fundamental.
Para termos uma idéia, tanto o FDA (Food and Drug Administration) quanto a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não possuem nenhuma medicação aprovada para insônia em crianças, mesmo assim, os índices de intervenção medicamentosa chegam a 50-75% das crianças com TEA e disturbios de sono.6
Então vamos falar especificamente das medicações mais amplamente usadas:
MELATONINA:
A melatonina é um dos agentes mais comuns recomendados para o tratamento de dificuldades de sono e crianças com TEA. A melatonina é um hormônio sintetizado principalmente na glândula pineal, com uma função importante na regulação dos ritmos circadianos.
Está disponível em diferentes formulações sem receita que variam 1-10 miligramas nos Estados Unidos e Canadá, mas em alguns países, uma receita pode ser necessária. No Brasil, a comercialização de melatonina foi autorizada por ordem judicial em 2017, porém não está registrada na ANVISA como medicamento, daí só pode ser manipulada mediante receita médica.
Mais comumente, uma dose de 1-3 mg é recomendada para ser administrada 30-60 min antes da hora de dormir pretendida. No entanto, se um problema de ritmo circadiano for identificado, uma dose mais baixa (0,5-1 mg) administrada anteriormente (3-4 h antes de dormir) é recomendada. Uma dose eficaz não está relacionada à idade ou peso. A melatonina é geralmente tolerada bastante bem. A maioria dos estudos publicados até à data não relataram quaisquer preocupações graves de segurança.
Apesar de largamente usada nos EUA, como suplemento alimentar, sem necessidade de receita médica, a Academia Americana de Pediatria afirma: “A melatonina parece ser eficaz na redução do tempo para dormir o início em adultos (e, com base em dados consideravelmente menos, em crianças) para insônia inicial. Este efeito parece durar dias a semanas, mas não a longo prazo. Assim, a melatonina não é recomendada para uso a longo prazo”
Por outro lado, a Australian Sleep Health Foundation afirma que a melatonina “pode beneficiar as crianças que estão se desenvolvendo normalmente, bem como crianças com Transtorno de Déficit de Atenção E Hiperatividade, autismo, outras deficiências de desenvolvimento ou deficiência visual”.
Não foram encontradas referências no site da ANVISA sobre o assunto nem mesmo junto a CONITEC (Comissão Nacional de Intercorporação de Tecnologia).
ANTIPSICÓTICOS:
Antipsicóticos típicos, incluindo haloperidol e periciazina (neuleptil®) estão associados a maior incidência de efeitos colaterais extrapiramidais e sonolência diurna. Antipsicóticos mais novos de segunda geração, incluindo olanzapina, risperidona e quetiapina, têm uma menor propensão para efeitos colaterais extrapiramidais e são geralmente menos sedativo. Existem dados limitados de eficácia e tolerabilidade para o tratamento da insônia em crianças para esta aula de medicação. Dos atípicos, risperidona e olanzapina foram prescritos para distúrbios do sono em crianças. Estes agentes são prescritos off label para o tratamento da insónia e não são recomendados ser prescritos rotineiramente para esta indicação, e como primeira linha. Em particular, a Academia Canadense de Psiquiatria da Criança e do Adolescente contra indicou seu uso como agente de primeira linha para tratamento de insônia em crianças, adultos ou idosos.
ANTIDEPRESSIVOS:
Existem dados limitados sobre o uso e eficácia dos antidepressivos de sedação, inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e antidepressivos tricíclicos, para tratamento de distúrbios do sono em crianças com transtorno do espectro do autismo. Estes podem ser benéficos se a insônia está associada com transtornos psiquiátricos comórbidos. A maioria destes antidepressivos suprime o sono REM e resulta em sedação diurna residual.
ANTICONVULSIVANTES:
Também os dados são limitados em relação ao uso de anticonvulsivantes no tratamento da insônia neste grupo populacional. A maioria dos ensaios examinaram irritabilidade e agressão e relataram melhora nesses domínios
AGONISTA ALFA-ADRENÉRGICO
Comercializado no Brasil, com o nome de Atensina® tem seu uso amplamente difundido tanto para insônia quanto para agitação psicomotoras.
Poucos são os estudos, sendo dois estudos retrospectivos abertos em crianças e adolescentes (com idades entre 4 e 16 anos) com autismo e distúrbios do neurodesenvolvimento documentaram que a clonidina (faixa de dosagem: 0,05-0,225 mg/dia) melhorou efetivamente a iniciação do sono e a insônia de manutenção com boa tolerabilidade e poucos eventos adversos. Os efeitos colaterais potenciais da clonidina incluem hipotensão, bradicardia, irritabilidade, boca seca e supressão rem, e sua descontinuação abrupta pode causar hipertensão rebote e rebote REM, mas é geralmente bem tolerada.
ANTI – HISTAMÍNICO:
Na pesquisa enviada aos pediatras (n = 671) pela Academia Americana de Pediatria (AAP), os anti-histamínicos foram encontrados para ser o medicamento sem receita médica mais comumente relatado para distúrbios do sono. Apesar do uso generalizado de anti-histamínicos, os ensaios clínicos em pacientes com transtorno do espectro do autismo têm sido limitados
BENZODIAZEPÍNICOS:
Não há ensaios clínicos disponíveis para esta categoria de medicamentos no autismo. Benzodiazepínicos (BZDs) são freqüentemente prescritos em adultos com insônia. No entanto, eles são prescritos com menos freqüência na população pediátrica por causa de seu perfil de efeitos colaterais inclui sedação, dores de cabeça, tonturas, comprometimento cognitivo, insônia rebote, e dependência física e comportamental. Houve somente estudos limitados na pediatria, que mostraram a melhoria em desordens de sono com uso de BZDs.
SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO:
Ferritina do soro, um formulário do armazenamento do ferro (nível abaixo de 50 ng/mL), foi associada com a síndrome agitada dos pés (RLS) [64]. Em um estudo retrospectivo da revisão da carta de crianças com desordem do espectro do autismo (n = 9791), os níveis significativamente baixos do ferritin do sérico do soro foram identificados e associados com diversas desordens de sono, incluindo movimentos periódicos do membro do sono (27 ng/mL), fragmentações do sono (24 ng/mL), e eficiência pobre do sono (7 ng/Ml
Os estados de deficiência de ferro foram documentados na fisiopatologia da RLS e a gravidade dos estados de deficiência de ferro foi correlacionada com a gravidade do RLS. O ferro desempenha um papel importante na via de produção de dopamina; atua como um cofator para uma taxa que limita a hidroxilase de enzima saciense no ciclo de produção de dopamina. Em pacientes com RLS, foram observados baixos níveis de ferro cefalorraquidiano e baixo ferro na substantia nigra em ressonância magnética. A suplementação de ferro foi encontrada para ser eficaz no tratamento da baixa ferritina com distúrbios do sono. O conselho consultivo médico da Fundação RLS recomenda terapia de ferro para baixo nível de ferritina abaixo de 50 ng/mL. Um ensaio aberto de suplemento de ferro oral (6 mg de ferro elementar/ kg/dia) por 8 semanas em crianças com autismo mostrou melhora na escala de distúrbios do sono com um aumento no nível de ferritina sérica [65]. Os efeitos colaterais potenciais do ferro oral incluem sabor metálico, vômitos, náuseas, constipação, diarréia e fezes pretas/verdes.
Referências bibliográficas:
1 – Distúrbios do sono em crianças merecem atenção especial dos pais e pediatras, disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/disturbios-do-sono-em-criancas-merecem-atencao-especial-dos-pais-e-pediatras/, acesso em 15 dez 2019.
2 – Nunes ML, Cavalcante V. Avaliação clínica e manejo da insônia em pacientes pediátricos. J Pediatr (Rio J). 2005;81:277-86.
3 – Pinato L1, Spilla CSG1, Markus RP2, da Silveira Cruz-Machado S2. Desregulação dos ritmos circadianos nos transtornos do espectro do autismo
4 – Mulas F, Rojas M, Gandía R. Sueño em los transtornos del neurodesarrollo, déficit de atencion e hiperactividad y em el espectro autista. Medicina (B Aires). 2019;79 Suppl 3:33-36.
5 – Keogh S, Bridle C, Siriwardena NA, Nadkarni A, Laparidou D, Durrant SJ, Kargas N, Law GR, Curtis F. Effectiveness of non-pharmacological interventions for insomnia in children with Autism Spectrum Disorder: A systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2019 Aug 22;14(8)
6 – Sachin Relia 1, and Vijayabharathi Ekambaram 2. Pharmacological Approach to Sleep Disturbances in Autism Spectrum Disorders with Psychiatric Comorbidities: A Literature Review. Med. Sci. 2018, 6, 95.
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